MSIA
01 Agosto, 2008
Aquecimento global: fatos e factóides
Geraldo Luís Lino
Aqui vamos nós
outra vez! Após o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC), sir Nicholas Stern, Al Gore e a pletora de ONGs ambientalistas
que se alimentam do “ecocatastrofismo”, o mundo assiste uma nova
escalada de declarações alarmistas e iniciativas destinadas a consolidar
o tema do aquecimento global como uma emergência planetária. No final
de maio, os ministros do meio ambiente do G-8 saíram da sua reunião em
Kobe, Japão, trombeteando a necessidade de cortar pelo menos à metade as
emissões antropogênicas de dióxido de carbono (CO2) até meados do
século – o que implicaria em uma draconiana redução do uso de
combustíveis fósseis. [1] Dias depois, na vizinha Tóquio, a Agência
Internacional de Energia (AIE) endossou a meta de cortes, mesmo
admitindo que o custo de semelhante e mal denominada “revolução
energética” seria “bastante alto” [2].
Na penúltima semana de
junho, a chaleira destampou de vez. Na segunda-feira 23, em um
depoimento ao Senado dos EUA, o climatologista James Hansen, que há 20
anos ajudou a disparar o alarmismo “aquecimentista” ao afirmar que tinha
“99% de certeza” de que a Humanidade era responsável pelo aumento das
temperaturas atmosféricas, superou todos os limites do “catastrofismo”
inconseqüente, chegando a propor o fechamento de todas as centrais
termelétricas a carvão até 2030 e penas de prisão para os dirigentes das
empresas petrolíferas. (3) No dia seguinte, o ex-primeiro-ministro
britânico Tony Blair divulgou um relatório intitulado “Rompendo o
impasse climático”, no qual alerta para o risco de não se chegar a um
acordo global sobre as metas de cortes de emissões na Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, no próximo ano.
(4) Ao mesmo tempo, o agora lorde Stern se uniu ao coro, proclamando
que, devido à inação dos governos do mundo, o custo das correções
necessárias para evitar o desastre climático será o dobro do
anteriormente previsto.
Finalmente, em julho, a própria cúpula do
G-8, juntamente com os seus convidados do G-5 (China, Índia, Brasil,
México e África do Sul), referendou a agenda de cortes.
Segundo
todos esses arautos do caos, a negativa de ouvi-los abrirá as portas a
um apocalipse climático. Bem, felizmente para a Humanidade, isto não
ocorrerá.