quinta-feira, 27 de maio de 2010

ONU elogia Brasil e afirma que acordo nuclear do Irã pode ser importante para reduzir tensões internacionais

Agência Brasil

27/05/2010

ONU elogia Brasil e afirma que acordo nuclear do Irã pode ser importante para amenizar tensões

Nielmar Oliveira

Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Na avaliação do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, o acordo para a troca de combustível nuclear assinado pelo Irã com a intermediação do Brasil e da Turquia pode vir a se tornar um passo importante para aliviar as tensões internacionais criadas a partir do avanço do programa nuclear iraniano.


O secretário-geral da ONU ressaltou, no entanto, que para derrubar a resistência e a desconfiança da comunidade internacional, o Irã precisa rever a sua decisão de continuar a enriquecer o urânio a 20%.

“A falta de confiança no Irã, que declarou que continuará a enriquecer urânio a 20%, é que causa preocupação à comunidade internacional. Eu venho recomendando que os programas sejam exclusivos para fins pacíficos e não bélico e o Irã não é uma exceção”, disse hoje (27) em entrevista coletiva.

Ban Ki-moon ressaltou a importância da iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a concretização do acordo e os seus esforços no sentido de se conseguir uma solução negociada sobre a questão.

"O desenvolvimento do programa nuclear iraniano tornou-se preocupação de toda a comunidade internacional e nesse ponto a iniciativa do presidente Lula foi um passo importante na direção de uma solução para um acordo de paz. Agora é necessário que haja equilíbrio nessas discussões entre as partes envolvidas e que o Irã continue conversando”, disse aos jornalistas.

Depois de ressaltar o crescimento cada vez maior do papel do Brasil, inicialmente nas relações políticas no próprio continente, e agora também no cenário internacional, o representante da ONU alertou para a necessidade de o Irã deixar claro a sua intenção de cooperar e de suspender o enriquecimento do urânio a 20%. “Isso, sem dúvida, aumentará sensivelmente a confiança da comunidade internacional. Enquanto isto, as sanções estão e continuarão a ser analisadas”, afirmou.


Edição: Lílian Beraldo


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